quinta-feira, 30 de junho de 2011

Rolim capacita sangradores - training of bleeders

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Com base na ascensão do mercado de borracha natural e na renda alternativa, a Prefeitura de Rolim de Moura, juntamente com Ceplac e a Hevea-tec, iniciou nesta quarta-feira, 01/12, um curso de Sangradores de Seringueira.


A idéia é investir na cultura, por meio da capacitação dos profissionais envolvidos na extração do látex, impulsionando a atividade na região. Cerca de 30 pessoas, entre acadêmicos, técnicos e heveicultores estiveram presentes.
Durante o primeiro dia do curso, coordenado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (Semam) e que segue até a próxima sexta-feira, 03/12, os participantes tiveram a oportunidade de aprofundarem seus conhecimentos teóricos sobre a maneira mais adequada para a realização da sangria, além de obterem dicas de como contabilizar o faturamento para a projeção da rentabilidade anual.
Para o palestrante, Lourival César Tavares, técnico Agrícola da Hevea-Tec de Rondonópolis – MT, quando se utiliza as técnicas apropriadas há um aproveitamento total do trabalho, evitando o desperdício do material, aumentando o lucro e o tempo de aproveitamento da árvore e atividade. “Não é somente chegar e cortar a casca; há uma importância no desenvolvimento corporal durante a sangria e a necessidade de se fazê-lo corretamente, favorecendo o desenvolvimento natural da árvore para que se possa ter um maior rendimento, sem queda na produção ou diferença no faturamento”, enalteceu Lourival.De acordo com o Secretário da Semam, Osní Ortiz, a meta é impulsionar o cultivo, tendo em vista o aumento da produção e maior aproveitamento da cultura na região da Zona da Mata. “É uma oportunidade que estão tendo para impulsionar a atividade, com aprofundamento no conhecimento do material utilizado na extração do látex e as formas adequadas para assim realizá-la”, ressaltou o Secretário.
Vídeos com as técnicas de sangria e uma palestra no campo marcaram o primeiro dia do Curso, iniciado no Auditório da Seman e continuado no Campus de Agronomia da Universidade Federal de Rondônia – Unir, localizada na Linha 184, km 15, ao lado norte.
Seringueira - é uma árvore da família das Euphorbiaceae (Hevea brasiliensis) de folhascompostas, flores pequeninas e reunidas em amplas panículas, cuja madeira é branca e leve, e de cujo látex se fabrica a borracha. Seu fruto encontra-se em uma grande cápsula com sementesricas em óleo, que pode servir de matéria-prima para resinasvernizes e tintas[1]
O trabalhador que retira o látex da seringueira chama-se seringueiro.
A seringueira é uma árvore originária da bacia hidrográfica do Rio Amazonas, onde existia em abundância e com exclusividade, características que geraram o extrativismo e o chamado ciclo da borracha, período da história brasileira de muita riqueza e pujança para a região amazônica. A espécie foi introduzida na Bahia por volta de 1906 [2]
O ciclo da borracha entra em declínio quando grandes hortos foram plantados por ingleses, para fins de exploração, no continente africano tropical, na Malásia e no Sri Lanka,
A partir de 1827, o Brasil inicia a exportação de borracha natural, cujo uso como matéria primapara a indústria se generaliza. Na década de 1840, a invenção do processo de vulcanização, porCharles Goodyear, possibilita o início da produção de pneus - a princípio para veículos de tração animal.
O crescimento da exploração da seringueira no Amazonas estimula o crescimento demográfico da região, graças ao aumento da imigração. Em 1830, a população de Manaus era de 3.000 habitantes; em 1880, passa a 50.000 habitantes.
Uma das expressões da riqueza gerada pela borracha é o suntuoso Teatro Amazonas, em 1896. Mesmo as ruas do seu entorno foram calçadas com borracha, para que os espetáculos não sofressem a interferência do tráfego de carruagens.
Em 1906, já estavam sendo exportadas mais de 80.000 toneladas de látex para todo o mundo
Mas, já a partir de 1875, o botânico inglês Henry Wickman, a serviço do Império Britânico, havia coletado sementes da seringueira no vale do Tapajós, enviando-as para Sir Joseph Dalton Hooker, do Jardim Botânico de Londres. Posteriormente, o material foi levado para ascolônias britânicas, na Ásia, inciando-se o processo de multiplicação da Hevea brasiliensis no Sudeste Asiático, sobretudo na Malásia. Ali a produção acabou por superar a do Amazonas. Em consequência, inicia-se o esgotamento do ciclo da borracha, com um gradual esvaziamento econômico da região.
Atualmente, o Estado de São Paulo é o maior produtor nacional de borracha natural, apontam as estatísticas. Recentemente a demanda por borracha tem crescido muito devido à qualidade do material em comparação com os materiais de origem fóssil, e às preocupação com omeio ambiente. Apesar de novos estados como Mato Grosso, estarem também produzindo borracha, o Brasil só produz 35% do que consome, ou seja, grande parte da borracha consumida é importada.

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